Infecções Sexualmente Transmissíveis



Gonorreia

A gonorreia é uma das mais graves IST que existem. É uma infecção causada pela bactéria Neisseria gonorrhoeae e pode causar sérios problemas aos infectados. Depois da bactéria entrar no organismo, segue-se um período de 2 a 7 dias (geralmente) durante o qual esta se desenvolve. Os primeiros sintomas da gonorreia no homem são dores durante o acto de urinar assim como a secreção de algum pus. O homem passa então a ter uma vontade constante de urinar que vai piorando enquanto a doença avança pela uretra. Nas mulheres, o período de incubação é mais extenso, entre 7 a 21 dias e normalmente sem sintomas da doença. Geralmente, os homens são mais afectados pela gonorreia pois a maioria das mulheres sofre apenas de sintomas ligeiros, podendo no entanto sofrer de sintomas graves como infecções nos constituintes do sistema reprodutor, dor pélvica ou dor durante o acto de urinar, dores fortes durante o coito ou mesmo libertação de pus. A gonorreia, se não for tratada devidamente, pode também causar infertilidade em ambos os sexos, assim como doenças nas articulações, coração ou cérebro. A doença, se transmitida ao bebé pela mãe, pode-lhe causar cegueira. Mulheres e homens (homossexuais) que pratiquem sexo anal podem contrair gonorreia rectal, o que pode causar dor, mal-estar, secreções de pus e um tom avermelhado nas nádegas. Sexo oral conduz também à gonorreia na garganta, (faringite gonocócica) que provoca dores de garganta e mal-estar ao engolir.

A gonorreia transmite-se nas relações sexuais (vaginal, anal e oral), assim como pode ser transmitida através do contacto com roupa interior ou toalhas contaminadas.

Esta infecção tem cura pois a bactéria da gonorreia pode ser combatida com antibióticos. Ainda assim, a pessoa infectada deve verificar se esta foi eliminada do organismo após terminado o tratamento pois há a possibilidade de resistência da cultura de bactérias.



Sida (Sindroma da Imunodeficiência Adquirida)


A sida é um mal terrível que continua a afectar milhares de pessoas dos dois sexos, de todas as idades e raças, tornando-se o centro das atenções para médicos e cientistas. Se ainda acreditas que esta doença é exclusiva dos homossexuais, desengana-te, porque isso deixou de ser verdade. Toda a gente corre o risco de ficar infectada se não tomar as devidas precauções. É que o número de casos de sida aumenta, todos os dias, entre os heterossexuais (que, como tu sabes, são todos os que têm um parceiro sexual do mesmo sexo oposto). Já sabes que o preservativo é a melhor forma de evitar esta e todas as outras doenças referidas. Não arrisques. Exemplo: lá por a pessoa ter um aspecto saudável, praticar muito desporto e nunca ter tomado drogas injectáveis, não significa que esteja livre de qualquer doença. Tu deves saber tudo acerca do seu passado amoroso. E, como agora tanto se diz, quando te deitas com ele, deitas-te, também, com o passado sexual dele. Muitos escondem o número de parceiros que já tiveram, fazendo-o por várias razões. Cada vez mais é preciso basear as nossas relações numa enorme confiança e honestidade, para mais tarde não termos desagradáveis surpresas. O melhor, mesmo, é prevenir. Quando tiveres relações sexuais nunca te esqueças da “borrachinha”. Passando agora à descrição da doença, e se tens prestado atenção, já sabes que o mau da fita neste filme triste é o HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana). Ela resulta de uma falha do sistema imunitário do organismo que, em situações normais, permite ao ser humano defender-se contra bactérias, vírus, parasitas e fungos presentes no meio ambiente. Os primeiros casos de sida registaram-se em 1981, nos EUA. Em menos de oito anos, a doença propagou-se de uma forma muito rápida.

Sintomas

Portadores do vírus da SIDA, mas isentos de sintomas, os seropositivos podem, ou não, vir a desenvolver a doença. Os sintomas desenvolvem-se da seguinte forma: às vezes, passam-se sete anos, ou mais, entre a contaminação e a manifestação do HIV. Neste período, a pessoa que é portadora do vírus, mas que não sabe disso, pode contaminar outras pessoas. Daí, mais uma vez, a importância do preservativo (NUNCA é demais alertar). Primeiros sinais da doença: perda de peso, febre, diarreia, manchas na pele, fadiga e caroços inchados no pescoço, axilas e região genital. Mas se tiveres estes sintomas, não penses logo no pior. Muitos destes sintomas são comuns a outras doenças. Não sejas alarmista. Procura um médico e faz testes.


Síflis

A responsável por esta infecção é uma bactéria. Esta chama-se – prepara-te porque é um nome complicado – “treponema pallidum”. No caso desta doença, existe outra forma de contágio, que é pelo contacto directo com a lesão através do beijo ou durante a gravidez (da mãe para o bebé).

Sintomas

Surgem por fases. A incubação pode durar até três meses. Primeiro começa com uma úlcera não dolorosa, principalmente na região genital. É uma ferida indolor, avermelhada e dura que aparece nos órgãos sexuais. É altamente contagiosa. As raparigas podem não dar pela ferida, caso esta seja dentro da vagina ou da vulva. Depois, a primeira ferida desaparece, mas a infecção espalha-se podendo desenvolver-se uma erupção cutânea, febre, mal-estar e dores. Finalmente, entra-se numa fase latente que 75% dos casos dura para sempre.

Tratamento

A sífilis, quando não é tratada, começa por afectar determinados órgãos vitais, tais como o coração, nervos e cérebro. Esta doença é perigosa porque, na última fase, pode causar cegueira insanidade, paralisia, doenças cardíacas e mesmo morte. As mulheres grávidas podem abortar ou então o bebé nasce com a doença, o que mais tarde causa cegueira e surdez. O tratamento também é feito à base de injecções (penicilina). A sífilis deve ser tratada o mais cedo possível. As análises ao sangue devem ser regulares, durante dois anos, depois do tratamento.


Condilomas

Como sempre, em todos os casos das doenças sexualmente transmissíveis, existe um vírus culpado. Neste caso, chama-se – este é giro – vírus papiloma humano.

Sintomas

O teu médico pode detectar-te esta doença se ela se manifestar através de inchaços, que se localizam perto ou até mesmo nos órgãos genitais. Estes inchaços têm algumas semelhanças com os inchaços de pele. São uma espécie de verrugas que aparecem tanto no homem como na mulher. Algumas raparigas sentem comichão e dor durante a relação sexual. O vírus pode ficar incubado durante anos. Os condilomas são quase sempre transmitidos por via sexual. Os danos que provoca estão ligados ao aparecimento do cancro do colo do útero. Convém, por isso, fazer análises com alguma regularidade.

Tratamento

É provável que o teu médico te receite uma loção especial, apenas vendida nas farmácias. Quando o caso é mais grave, pode ser mesmo necessária uma pequena cirurgia.


Herpes genital

Inexplicavelmente – e uma vez que, tal como a herpes, conhecem-se outras doenças do foro sexual tão ou muito mais graves - , existem grandes preconceitos em relação a esta patologia. Esta é composta por um vírus que se chama herpes genital do tipo 2. Isto significa que é primo do herpes tipo 1, aquele que provoca o herpes labial.

Sintomas

O vírus pode causar dores ao urinar ou estar escondido no colo do útero. A primeira manifestação ocorre entre 2 a 20 dias após a infecção. As seguintes surgem quando a pessoa afectada está com problemas emocionais, menstruação, quando se sente cansada, entre outros factores. Depois do primeiro ataque a doença pode manter-se escondida e reaparecer. Mulheres grávidas com herpes devem comunicar ao médico para evitar a transmissão ao bebé durante o parto. A área afectada corre o risco de ter outra infecção, para além de facilitar o aparecimento de cancro do colo do útero.

Tratamento

A herpes genital, até agora, não tem cura. A única forma que existe de controlar é através da aplicação de medicamentos antivirais, para aplicar durante o ataque do vírus, e que, naturalmente, só o teu médico poderá receitar.